O Marketing de Causa já ocupa parte da agenda de um número crescente de marcas e empresas, e tornou-se prioridade para várias delas. Hoje, os profissionais de marketing devem estar preparados para o desafio de pensar não só no crescimento da sua marca, mas também no crescimento do seu impacto positivo na sociedade.
Para isso, é essencial abraçar uma causa alinhada ao propósito da empresa, que faça sentido para a sua estratégia e que cause um impacto real na vida das pessoas à sua volta.
As empresas devem se aproximar cada vez mais das pessoas, que não podem mais serem vistas apenas como consumidores. Ainda há um longo caminho para que a tendência se concretize por completo, mas existem algumas formas de criar uma estratégia de causa consistente e inspirar conexões.
Que tal conferir as dez principais? Veja, a seguir, as dicas da Auíri!
Causa e sua responsabilidade na conquista do consumidor
Antes da pandemia, 78% dos brasileiros já acreditavam que as empresas deveriam ser mais ativas em temas sociais. Hoje, chega a 92% a porcentagem de pessoas que esperam que marcas e empresas ocupem o vácuo de responsabilidade e confiança deixado pelos governantes.
Muitas empresas já perceberam isso e lideram iniciativas de causa relevantes e alinhadas ao propósito da empresa, mas essas iniciativas devem vir da realização, na prática, do propósito da empresa, que precisa demonstrar, com clareza, que acredita e pratica seu propósito.
A causa, por sua vez, é o compromisso de uma marca frente a questões de interesse geral. O compromisso deve ser com uma causa que represente os valores, a cultura e a visão da empresa e da marca, de acordo com a natureza e a lógica do seu negócio. É a causa que tangibiliza o propósito e organiza a estratégia social da marca.
Causa é o compromisso assumido por uma empresa diante de um desafio da sociedade, que representa os valores e a cultura da marca.
Mais da metade do conteúdo produzido pelas marcas não é considerado relevante. Os resultados da pesquisa global “Meaningful Brands 2019”, do grupo Havas, revelam que ninguém se importaria se 77% das marcas simplesmente desaparecessem. Ao mesmo tempo, marcas vistas como significativas e que contribuem para fazer do mundo um lugar melhor apresentam melhores resultados:
Olha só que interessantes esses dados:
- 77% dos consumidores preferem comprar de empresas que compartilham seus valores;
- 90% dos consumidores esperam que as marcas forneçam conteúdo, mas 58% do conteúdo das marcas é irrelevante e não significativo para os consumidores;
- A eficácia do conteúdo tem 72% de correlação com o impacto da marca no bem-estar das pessoas.
10 dicas para elaborar uma estratégia de causa consistente e inspirar conexões das pessoas com a marca
Quer investir em estratégias de causa consistentes e fazer com que as pessoas criem uma forte conexão com a sua marca? Olha essas dez dicas!
- Identificar causas conectadas com os desejos e tensões da sociedade;
- Ser legítimo, autêntico, e apoiar causas alinhadas com o propósito da empresa e com o posicionamento da marca.;
- Começar de dentro pra fora. Promover o envolvimento interno com a causa, certificar-se do walk the talk, enraizar a transformação na cultura da empresa;
- Garantir o storydoing, criar projetos consistentes, com ações concretas para ir além do assistencialismo e gerar um impacto real na vida das pessoas;
- Pensar no longo prazo, saber onde se quer chegar, ser ousado, assumir compromissos, estabelecer metas e KPIs. Monitorar resultados e ajustar ao longo do caminho;
- Engajar os stakeholders. Identificar oportunidades para sonhar junto, criar uma agenda positiva para o bem comum e fortalecer o relacionamento;
- Comunicar. Sim, um bom storytelling, além de contribuir para a reputação, é um canal poderoso para gerar conexão emocional e amplificar a transformação positiva;
- Ser verdadeiro e assegurar a transparência do impacto. Cuidado para não fazer campanhas com um apelo acima da realidade, nada greenwash ou socialwash;
- Providenciar investimento. Não basta só ter boa vontade; se não houver investimento, fica difícil tirar a ação do papel;
- Atuar em parceria, articular com os movimentos sociais e iniciativas locais, afinal, ninguém muda o mundo sozinho!